sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"DESAPEGO"

Nov 17, '08 6:49 PM
for everyone
"A CHAMA DA ALMA"
 

Havia um rei que apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado de sua riqueza.
De uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o, mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.
 
Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei. Ele queria descobrir qual era o segredo daquele monarca.
 
 Como sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava as sagradas escrituras, nem levava uma vida de penitência e renúncia, ao contrário, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com tantas coisas materiais.
 
Afinal, ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da terra, vivia meditando e estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se em tormenta.
E o rei era virtuoso e amado por todos.
 
Ao chegar em frente ao rei, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma, e ele lhe respondeu:
 
"Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo."
 
Porém, há uma condição: se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto no mesmo instante.
 
O sábio pegou uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou:
 
"Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?"
 
O sábio, que ainda estava tremendo da experiência porque temia perder a vida, se a chama apagasse, respondeu:
 
"Majestade, eu não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada."
 
Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo:
 
"Pois é assim que eu vivo. Tenho toda minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma que, embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam."
 
 
 
"Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença e não o contrário." (O'Donnel)
 

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