quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O 7 DE SETEMBRO DE NOSSO BRASIL BRASILEIRO...

Sep 7, '08 9:12 AM
for everyone
"O 7 DE SETEMBRO" 
"Independência ou Morte!"Quadro de Pedro Américo.


Desde pequena fui aprendendo, em casa e na escola, as datas comemorativas do nosso país e participando ativamente das festividades. E confesso que eu adorava!

7 de Setembro! Independência do Brasil!

O Brasil ficava a partir dessa data livre do jugo português! Que beleza!
Nos anos 60, eu era professora e numa Semana da Pátria e a Cléa, diretora do Grupo Escolar onde eu lecionava incumbiu-me "de livre e espontânea coação" (rsrsrs) de fazer o discurso em comemoração à data, representando a escola, numa manhã de 7 de Setembro.

Ái meu Deus! Eu nunca havia falado em público!! Fiquei apavorada! Mas...não tive como escapar!

Bom, preparei meu discurso e...com a garganta seca e o coração batendo a mil, dei o meu recado e acabei tomando gosto pela coisa!! Depois disso...falar em público para mim se tornou algo relativamente tranquilo e fácil! Ufa!!

Mas...infelizmente o que agora tenho aprendido é que nós não estamos livres coisa nenhuma! 
Do domínio de Portugal sim, mas hoje estamos sob o jugo da corrupção, da violência, do narcotráfico, das milícias, da pouca vergonha, da falta de respeito, da falta de saúde, da má distribuição de renda, do MST, da insegurança, da fome, da pobreza, da altíssima taxa de juros, etc, etc, etc. Pagamos o "quinto" com suor e lágrimas, pois sabemos que o retorno não nos é dado!

Bom, já sabem que a lista do meu aprendizado é imensa! E, creio que é também o que vem aprendendo todos os brasileiros que querem vêr esse Brasil verdadeiramente gigante mas que se sentem traídos a cada governo que passa!!!

 
O BRASIL CHORA!

E a redação da menina catarinense vem a calhar para esse dia, pois descreve com o coração a situação de nosso amado Brasil:
Em JOINVILLE- SC, houve um concurso de redação na rede municipal de ensino.

O título recomendado pela professora foi: 

"Dai pão a quem tem fome" .

Ganhou em primeiro lugar uma menina de 14 anos que se inspirou na letra do nosso Hino Nacional para fazer uma das mais lindas poesias que já ouví.
 
 É um lindo texto que mostra o verdadeiro sentido de patriotismo.É uma demonstração de puro amor à Patria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem o que vem a ser este sentimento civico.

 
 
 
Sobre ela Afrânio B de Sousa escreveu:
 
Estou velho.
            Não gosto dos sem terra. Dizem que isto e ser reacionário, masnão gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil.
            Estou velho.
            Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que souracista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes decompetir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.
            Estou velho.
            Não sei se embrião tem vida ou não. Mas mesmo que tivesse nãoteria o menor remorso em sacrificar vários que certamente serão jogados no lixo para salvar ou melhorar uma única vida de um jovem, de um preto, de um índio e ate mesmo de um velho.
            Estou muito velho.
            Não quero ouvir mais noticias de pessoas morrendo de dengue.
Tapo os ouvidos e fecho os olhos mas continuo a ouvir e ver. Não quero saber de  crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, ou de um menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Meu coração não tem mais força para sentir emoções.
            Estou mais velho que o Oscar Niemeyer.
            Ele ainda acredita em comunismo, coisa que deixou de existir. Eunão acredito em nada. Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carros, e outros bens todos adquiridos com honestidade, por ser amado por minha mulher e filhos. Nada mais me comove...
            Estou bem envelhecido
            E acabo de cometer mais um erro!
            Ainda sou capaz de me comover e  emocionar. O patriotismo de uma jovem de Joinville usando a letra do hino nacional para mostrar o seuamor pelo Brasil me comoveu.
             Mesmo que ela seja a ultima brasileira patriota, valeu a pena viver para ler o seu texto. Por isso estou enviando para vocês.
            Detesto correntes na Internet...mas agora que me tornei um velhoemocionado vou romper com este hábito.
            Afrânio B. De Souza

 
"CHORINHO BRASILEIRO"
 
"Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar:
 -- "O que houve meu Brasil barsileiro?" perguntei-lhe!
 
E ele,espreguiçando-se em seu berço esplendido, esparramado e verdejante sobre a America do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazonicas:
 
 --"Estou sofrendo.Veja o que estão fazendo comigo...
Antes os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.
Meu povo era heroico e seus brados retumbantes.
 O sol da liberdade era mais fulgido e brilhava no ceu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?
Eu era a Patria amada, idolatrada.
Havia paz no futuro e glorias no passado.
Nenhum filho meu fugia à luta.
Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil. Eu era gigante pela propria natureza, que hoje devastam e queimam,
sem nenhum homem de coragem que às margens placidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flamula...

Não suportando as chorosas queixas do Brasil,
 sai e fui para para o jardim.
Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso pais ostenta estrelado.
 
Pensei...conseguiremos salvar esse pais sem braços fortes?

...quem nos devolverá a grandeza que a Patria nos traz?
 
Voltei à sala mas encontrei o mapa silencioso e mudo como uma criança dormindo em seu berço explendido"
 
 


Que exemplo!!! o texto nos remete a uma reflexão mto séria qto ao nosso papel na sociedade.
'Um filho não foge à luta!"
 
Então fico pensando também no nosso "HINO DA INDEPENDÊNCIA" ...

HINO DA INDEPENDÊNCIA

Já podeis da Pátria filhos
Ver contente a Mãe gentil;
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil
Já raiou a Liberdade
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil

  • Refrão (estribilho)
  •  
Brava Gente Brasileira!'
Longe vá temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjavam
Da perfídia astuto ardil,
Houve Mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Houve Mão mais poderosa
Houve Mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.

O Real Herdeiro Augusto
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos Tiranos
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.

Ressoavam sombras tristes
Da cruel Guerra Civil,
Mas fugirão apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
Mas fugirão apressadas
Mas fugirão apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.

Mal soou na serra ao longe
Nosso grito varonil;
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros logo
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.

Filhos clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil,
Que a vingar a negra injúria,
Vem chamar-vos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Mostra Pedro a vossa fronte
Alma intrépida e viril:
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
Tende nele o Digno Chefe
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.

Parabéns oh Brasileiros,
Já com garbo varonil
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
Do Universo entre as Nações
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.

Parabéns; já somos livres;
Já brilhante, e senhoril
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembléia do Brasil.
Vai juntar-se em nossos lares
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembléia do Brasil.


O Hino da Independência é um dos símbolos oficiais da República Federativa do Brasil.
 Sua letra foi composta por Evaristo da Veiga e a música é de D. Pedro I.

Simplício de Sá: Retrato de Dom Pedro I

Segundo diz a tradição, a música foi composta pelo Imperador às quatro horas da tarde do mesmo dia do "GRITO DO IPIRANGA - 7 de Setembro de 1822, quando já estava de volta a São Paulo vindo de Santos.
Este hino de início foi adotado como Hino Nacional, mas quando D. Pedro começou a perder popularidade, processo que culminou em sua abdicação o hino, fortemente associado à sua figura, igualmente passou a ser também desprestigiado, sendo substituído pela melodia do atual Hino Nacional, que já existia desde o mesmo ano de 1822.


Gostaria muito que essa menina que tão bem escreveu a redação também nos brindasse com uma reflexão sobre a nossa "Independência"!


Colocarei aqui também uma outra redação vitoriosa, premiada pela UNESCO:

Tema:
'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro 



'PÁTRIA MADRASTA VIL'

Onde já se viu tanto excesso de falta?
Abundância de inexistência...
Exagero de escassez...
Contraditórios?
Então aí está!
 O novo nome do nosso país!
 Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. 
     Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.  
           
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.            
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil  está mais para madrasta vil.            
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'.
 Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.

E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.
Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade.
Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa.
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade.
Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
  
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição.
Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí.
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
            
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura.
As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?     
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro para fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.          
Afinal, de que serve um governo que não administra?
De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
   
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos...
         
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se:

 Quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.  
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'.

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com  outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco. 



O PAÍS QUE EU QUERO


Foi num dia 7 de setembro, no século XIX. A História encheu de magia o gesto espontâneo de um imperador amante do Brasil.

E Laços fora! EI Independência ou morte! são frases repetidas, dramatizadas, recordadas a cada novo Sete de Setembro.

Desfiles militares, hasteamento da bandeira, execução do hino nacional se sucedem em rememoração à Independência do Brasil.

Olhando para as ruas do meu país, nesse festejar de 186 anos de independência, me surpreendo com os desejos de minha alma patriota.

Da alma que assiste o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando as cores vibrantes que falam de verdura, riqueza, um céu de estrelas, ordem e progresso.

Quero um país independente, uma nação livre. Livre da corrupção, da desonestidade e do compadrio.

Livre das drogas, das armas de guerra e dos discursos vazios, da violência de todas as cores.

Quero um país onde as crianças possam sair à rua, para suas brincadeiras, sem medo de seqüestros.

Possam ir à praia, ao campo, jogar futebol na quadra da esquina, sem que tenham de se esquivar de balas perdidas.

Eu quero um país onde se respeite o idoso, não porque ele não tenha a destreza da juventude, mas porque nele se reconheça a experiência dos anos vividos e das contribuições à sociedade por largos anos de trabalho.

Eu quero um país sem medo do amanhã. Um país que tenha os olhos no futuro e, por isso, invista na formação do cidadão.

Um país com escolas, bibliotecas e museus, franqueadas a todos.

Um país que preze seu passado e nunca esqueça dos seus heróis.

Dos heróis que defenderam suas fronteiras, com armas, com leis, com a vida e com a voz. Dos heróis de todos os dias, de todas as raças, que deixaram seu torrão natal e adotaram uma nova pátria.

Dos heróis que suaram sangue, trabalharam duro, desbravaram matas, criaram filhos.

Dos heróis que a História venera. Dos heróis que deram sua vida pelo ideal de uma nação sem escravidão. Uma nação de irmãos.

Eu quero um país responsável, onde os governantes sejam conscientes de seus deveres.

E onde o povo eleja seus representantes, não iludidos por promessas utópicas, mas porque conhecem a vida honrada do candidato e suas propostas maduras, coerentes, viáveis de aplicação a curto, médio e longo prazos.

Eu quero um país justo, que ampare a quem trabalhe, não àquele que somente sabe enumerar pretensos direitos.

Um país que proteja seus filhos, preserve suas riquezas, distribua seus bens.

Um país de paz. Um país de luz.

O país que eu quero não é irreal, nem impossível.

Ele somente depende de mim, de você, de cada um dos seus mais de 180 milhões de habitantes.

Pensemos nisso, hoje, agora, enquanto os versos do Hino Pátrio nos exortam a agradecer a Deus por um país tão vasto, tão rico, tão maravilhosamente pleno de belezas naturais e oportunidades de progresso.

Redação do Momento Espírita.
Em 05.09.2008.

E aquí ficamos nós com a eterna esperança de mudança! Dando nosso voto acreditando que um dia acertaremos! Ficamos nós buscando essa "Mãe gentil" esse "Gigante pela própria natureza" que estamos destruíndo! Procurando se os "Grilhões" estão realmente soltos e se existirá uma "Mão poderosa"capaz de colocar esse país no rumo certo! Para que realmente nós, essa "Brava gente brasileira" mereçamos receber os "Parabéns" e  "Resplandecermos entre todas as Nações"!!!



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